Zeus, em forma de nuvem, abraça Io, de Antonio da Correggio.
Io (pronuncia-se ÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍo) foi uma das paixões de Zeus. Ela era filha do deus-rio Ínaco, que por sua vez era filho de Oceanus e Tétis. Sua beleza despertou a paixão de Zeus, que, para cortejá-la, cobriu o mundo com um manto de nuvens escuras, escondendo seus atos da visão de Hera. A estratégia falhou e a deusa, desconfiada, desceu do monte Olimpo para averiguar o que estava acontecendo. Numa vã tentativa de iludir sua esposa ciumenta, o deus transformou sua amante em uma belíssima novilha branca (tirando o eufemismo educado, uma vaca). Intrigada pelo interesse do marido no animal e maravilhada com a beleza do mesmo, Hera exigiu a novilha para si e a pôs sob a guarda do gigante Argos Panoptes. Argos, quando dormia, mantinha abertos cinquenta de seus cem olhos. Zeus encarregou Hermes de libertar sua amada. Para tanto, o mensageiro dos deuses, usando a flauta de Pã, pôs para dormir os olhos despertos de Argos, enquanto os outros cinquenta dormiam um sono natural, e cortou sua cabeça. Io fugiu, mas continuou sendo atormentada por Hera. O mar cujas praias percorreu recebeu o nome de Mar Iônio. Ao chegar ao monte Cáucaso, encontrou Prometeu acorrentado em uma rocha. O titã lhe disse que, ao alcançar o Egito, ela seria restaurada à sua forma humana por Zeus e teria um filho. A criança seria a primeira de uma linhagem que culminaria com Hércules, que acabaria por libertar o próprio Prometeu. Ao chegar às margens do Nilo Ío, cansada de tanto sofrimento, implorou a Zeus por um fim. O deus, comovido, foi falar com Hera e ambos restauraram Io à sua forma humana. Ela teve um filho, Épafo, e reinou sobre o Egito, sob o nome de Ísis e casada com Telégono. O mito de Io pode ser interpretado como uma alegoria lunar, na qual a fuga da novilha representaria o movimento da Lua e os olhos de Argos, o céu estrelado. (Fonte: wikipedia)
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